25/11/2010

Comemorar o quê, cara pálida?

Nosso país foi, finalmente, incluído na lista dos países com melhor qualidade de vida, segundo a ONU. Tudo bem que estamos apenas em 70o lugar, mas, como aprendemos desde criança, todos devemos começar de baixo. Afinal, a vida ensina que só assim daremos mais importância às conquistas.

O presidente disse que os brasileiros teem motivos para comemorar (sic). Então tá, a partir de hoje, saibam todos, estou feliz.

Mas, umas coisas me deixaram encafifado: como dar essa notícia praquele menino que vi deitado, ontem, sob uma marquise, dormindo seu sonho de criança ultrajada e protegido, não pelo Estado, mas, por um pedaço de papelão? O que devo levar pra casa daquele lavrador nordestino, cuja previsível seca matou (mais uma vez) seus pezinhos de feijão e macaxeira? Será que pego um pouco de sua água barrenta e faço um suco de maracujá pra acalmá-lo, ou seria melhor um bom vinho italiano, já que estamos comemorando essa boa notícia na época do Natal?

Como vou comemorar esta conquista nacional, com os milhares de chefes de família que vão passar a ceia, dividindo um frango assado de padaria com a mulher e os filhos, pois o patrão só vai pagar o 13o mês que vem, porque o faturamento desse ano caiu?

O que poderia eu fazer para comemorar nosso ingresso nesse importante ranking, com aquela menininha que ficou quase um mês servindo de depositório de esperma para 20 outros presos, numa delegacia paraense? E, pro menino privado de suas aulas, por medo de balas perdidas? Dou um carrinho, um livro ou um colete à prova de balas?

Sei não. Vou perguntar pro aniversariante do mês. Vou tentar encontrar o elo perdido e tentar, mais uma vez, lembrar que sou criatura e religar-me ao Criador.

Sei ainda, hipócrita e cinicamente, que assim que for convidado para a primeira festa de confraternização, vou esconder-me atrás dos copos de chope, das gargalhadas, do vozerio e vou fingir que está tudo bem. Com um pouco de sorte, até amarro um porrinho básico e volto pra casa, acreditando que sou feliz. A merda é acordar depois.

Daqui a pouco, vou estar me espremendo numa loja de 1,99 (e outras), comprando as lembrancinhas do Amigo Oculto, os presentes dos filhos, da mãe, dos irmãos, da patroa e etc. e tal e dependendo do que sobrar no bolso (após tirar meu nome do SPC), vou arrematar umas cuecas (sem dólares escondidos) numa liquidação. Depois, carregado de embrulhos coloridos, vou voltar pra casa, morrendo de medo de que aquele menininho da marquise, já devidamente cheirado de cola, apareça na janela do meu carro pedindo alguma coisa ou que falte gasolina no posto da esquina ou que haja outro apagão...

Sei não. O presidente disse que eu tenho muito pra comemorar. Então tá, estou feliz...

Anderson Fabiano

Publicado no Coojornal no 558, em 8 de dezembro de 2007 e válido até hoje.

Imagem: Google

30/10/2010

Prisões invisíveis

Por mais que acredite na necessidade de ser transparente, acabo de descobrir que aquela minha máxima “pergunte o que quiser a meu respeito, que eu respondo”, não passa de um tremendo papo furado. E, mesmo sabendo que todo mundo tem uma ou duas perguntinhas para as quais não sabem, não querem ou não podem dar respostas, fiquei desnorteado quando me perguntaram: “Mas, você não se sente importante por haver tomado parte da História contemporânea do seu país?” Enrolei o máximo que pude, mas, por respeito ao interlocutor, optei por calar.

Sei de um bando de gente que, talvez, nesse exato momento, esteja bravateando sua participação nos movimentos estudantis dos Anos 60. Eu, entretanto, mergulhei em profundo e doloroso mutismo, sem ser capaz de encontrar uma única resposta que contemplasse a verdade, ainda que vista “do alto dos meus cabelos brancos” e mesmo depois de tantos anos de chopes, bares e conversa-fiada, continuo achando que a melhor resposta não é minha, é do Gabeira: "Éramos uns românticos”.

Então, como bom pensador, pensei. Olhei em volta, vi no que transformaram meu país 40 e tantos anos depois de todas as porradas que levei e não consegui identificar o futuro que aquela minha rapaziada queria. Pobreza, analfabetismo, desemprego, violência, corrupção, carência de perspectivas, subordinação aos capitais estrangeiros e um horizonte palmo e meio à frente do nariz.

Não foi para isso que apanhamos tanto. Não foi para isso que fomos presos, apanhamos, fomos torturados, apanhamos, desaparecemos, apanhamos e fomos mortos. Esse futuro não é o nosso! É dos vencedores, dos caras que escreveram a história oficial. Fomos reduzidos a vocábulos chulos, injustos e singulares e não ocupamos nem um parágrafo inteiro nos livros que eles escolheram para falar da gente para os nossos filhos.

Nosso futuro era culto, com liberdade de expressão, igualdade, chances para todos e, acima de tudo, cidadania e brasilidade.

Tudo bem que a gente também inventou os Stones, a maconha, o amor livre e os pegas de carro. Mas fazer o quê? Se eles não aceitaram o debate livre no plano das idéias, até que um pouquinho de anarquia não foi de todo uma má idéia. O que a gente não podia era ficar parado enquanto esperava as feridas cicatrizarem e a memória dos companheiros mortos se perder no tempo.

Fui invisível. Fui muitos de mim num garoto só. Adrenalina? Rebeldia? Necessidade de chamar a atenção? Falem o que quiser, estou pouco me lixando, mas demos nosso sangue para manter nosso país na mão dos brasileiros. Perdemos. Mas hoje, quando boto a cabeça no travesseiro, sei que tentei fazer minha parte. E da melhor maneira que sabia. Paguei caro. Tive que ser clandestino no seio da própria família, bem antes da clandestinidade oficial.

Agora, você me pergunta como me sinto por haver tomado parte da História... Bem, por falta de melhor resposta, vou roubar a frase do Gabeira: Fui apenas um romântico. Invisível aos olhos da repressão, enquanto foi possível. Clandestino em minha casa. Prisioneiro do imaginário (e da Rua da Relação e da Barão de Mesquita, também). E poeta, ontem e até quando me deixarem pensar. Mas, por favor, nunca mais me façam essa perguntinha outra vez.

Anderson Fabiano

Imagem: Google

18/09/2010

Sorriso on the rocks

Crônica incluída na 1ª Antologia de Crônicas Cariocas

Era bem fácil ser criança, em Cascadura, lá pelas bandas dos anos cinquenta. O futuro ficava bem depois das Ipanemas que, perdido entre piões, bolas de gude e cerol, nem sabia se existiam. Os dias eram enormes e a pobreza era disfarçada sob o manto da simplicidade, sem grifes nem crediários em atraso. Tudo simples como pão com manteiga e café com leite. Os dias começavam com galos estridentes e terminavam com os acordes finais de “Jerônimo, o herói do sertão”. Por vezes, driblava a vigilância da avó e conseguia saber alguma coisa do “Anjo”, que vinha logo depois e nada mais. Janete Clair, nem pensar! Não era coisa pra criança...

Aos sábados, brincava de gente grande passando o esfregão com palha de aço na sala ou lavando a cozinha pra poder escorregar no chão ensaboado. Nenhum Bush, nenhuma camada de ozônio, nenhum MST. As únicas balas perdidas eram as “Ruth” carimbadas, que não achava nunca. A vida era enredomada de céus azuis onde pipas coloriam a fantasia.

Os primeiros desenhos, os primeiros textos, os primeiros sonhos. Mas tudo escondido, porque ser poeta era coisa de maluco. “Filho de pobre tem que ser doutor”. Assim, minhas vidas secretas começavam sem que me desse conta. De dia, o moleque, o garoto que fugia do banho frio e que não limpava direito atrás da orelha. À noite, o irreverente, o sonhador entregando-se, no escuro, às primeiras letras. Era o despertar da clandestinidade.

O tempo fez a parte dele e eu, creio, a minha. Hoje, quando os arautos do ocaso, qual gaiteiros escoceses emergindo da névoa densa que chamei de vida desenham suas silhuetas aqui, ao meu lado, resgato aquele menino que foi, sem favores, um dos melhores de mim. O corpo desconhecia a dor das torturas e a alma, o calvário das paixões perdidas. O sorriso era franco, sem censuras, sem medos de esquinas e os amigos eram possíveis, tipo “pra sempre”.

Tudo funcionava numa rotina que não aprisionava, que descortinava experiências maravilhantes: as tranças da tia normalista, os vincos perfeitos que levavam o tio sacana para as noites de gafieira, o quiabo com linguiça e até a cama Drago, dobrável, que toda noite dava um jeito de beliscar minhas coxas no quarto de paredes repletas de flâmulas colecionadas.

Agora, me pego lembrando essas coisas, enquanto olho para mais um copo do velho uísque, suada e inútil válvula de escape de desilusões acumuladas, e rio. Rio muito sem me aperceber que sou observado por alguns curiosos parceiros de bar. E lembro que, naquele tempo saudoso, dentre os meus ritos secretos, havia um, ao menos intrigante: fazia xixi, todas as noites, quisesse ou não, pois minha avó assim ordenava. Na volta do banheiro, atravessando a cozinha, bebia um copo de água de moringa e ficava um tempão olhando para outro copo, onde minha saudosa vozinha depositava sua dentadura. Nunca entendi aquele estranho hábito dos adultos e confesso, na cabeça de menino sonhador, acreditava que minha avó ficava triste ao dormir.

Ficava imaginando se ela conseguia sonhar ou se suas noites eram uma sucessão ininterrupta de pesadelos. Afinal, seu sorriso estava ali, bem diante dos meus olhos, sem nenhuma serventia, mergulhado num copo d’água, privando aquela mulher dos últimos vestígios de vaidade...

Pensando bem, chega de bebidas por hoje. Copos roubam sorrisos.

Anderson Fabiano

Imagem: Google

16/05/2010

Tragédias cotidianas

Primeiro ato

Rosana está comigo há uns seis anos. Seis anos de casa cheirosa, comidinha caseira (faz um bife à milanesa com purê, que é tudo de bom) e papo, muito papo.

Ela é bem mais que uma simples funcionária doméstica, é a dona da casa e, não raro, minha dona também. Decide o que visto, com quem posso ou não me envolver e, até mesmo, a que horas devo desligar o computador para “descansar um pouco”.

Não é mensalista e, a bem da verdade, não é diarista, também. É uma zona que inventamos e que dá certo. Trabalha três dias por semana (ela escolhe quais), chega cedo e só vai embora após deixar tudo em ordem.

Nordestina, dois casamentos e uns 15 anos de Rio. Veio tentar a vida, ficou na casa de uma prima, no Complexo do Alemão, e continua por lá. “Juntou umas economias” e construiu um “sala e quarto” que é um de seus orgulhos. O outro é o filho, Jeremias, do primeiro casamento. Bom menino, boas notas, “moleque do bem”, ajuda em casa.

Terça-feira, Rosana chegou mais cedo. Entrou, sem as bagunças de sempre e, tão logo me encontrou, abraçou-me e, com todas as forças, desmontou num pranto descontrolado e comovente. À minha perplexidade, respondeu com um pedido arrasador e, inevitavelmente chocante: queria ser dispensada naquele dia, para enterrar o filho; algum dinheiro e orientações para desembaraçar o corpo, no IML.

Jeremias, o bom Jerê, soltava pipa com os amigos, na véspera, sobre uma laje, quando a polícia entrou na favela. Recebida a tiros, reagiu. Uma bala perdida ceifou um dos orgulhos de Rosana, que sempre reclamava do aumento da violência na comunidade: “Se a polícia fosse lá toda hora, acabava com os abusos da bandidagem”.

Fecha pano.

Abre para segundo ato

Dia desses, fui a um churrasco, desses que tem pelada, misturada com pagode e cerveja. Coisa de gente simples, gente fácil de gostar, sem frescuras. Entre uma batucada na mesa, uma beiçada na “purinha” e as inevitáveis rodinhas de piadas, sempre se conhece mais alguém. Dessa vez, dentre outros, conheci Toínho. Quer dizer, Toínho pra rapaziada, lá fora, cabo Antunes, 26 anos, oito de PM.

Toínho é do cacete! Bom de bola, bom de bico e bom de papo. Caçula de quatro irmãos, viu o pai, pedreiro, “fazer das tripas, coração” para criar os filhos, na senda do bem. A mãe, doméstica e “amorosa”, morreu de complicações numa cirurgia de varizes.

Toínho foi criado numa favela da Tijuca. Jogou bola de gude e rodou pião, vendo cadáveres pelas vielas. Viu malandro virar bandido e perdeu amigos de infância, adotados pelo narcotráfico. Queria um mundo melhor, mais justo, com chances para todos. Embruteceu, sem perder a ternura, mesmo sem nunca ter ouvido falar de Guevara. Entrou pra PM.

Segunda-feira, estava de plantão. A inteligência da corporação localizou o paradeiro de um perigoso traficante e despachou uma equipe para o Complexo do Alemão.

Foram recebidos à bala e reagiram. Foi tiro pra todo lado. Parece que um menino foi vítima de bala perdida: “Tenho muito medo quando saio em missão. Bandido não respeita mais polícia. Nunca sei se vou voltar”.

Fecha pano.

Abre para terceiro ato

Agora, não é mais terça, é quarta-feira. O telejornal reúne, ironicamente, duas pessoas queridas: Rosana, meu anjo da guarda e Toínho, o bom de bola. Anônimos entre si, unidos por uma tragédia cotidiana que, finalmente, me atingiu: as nefastas balas perdidas.

As lágrimas de Rosana, na telinha, pareciam ainda maiores, mais sofridas. Enterrava seu Jeremias, com o desespero de uma Pietá tupiniquim, sem direito aos mármores de Michelangelo. Nem pra lápide.

Cabo Antunes, escoltado, prestou depoimento como um dos suspeitos dos disparos fatais. Seu rosto, transfigurado, era a própria imagem da desesperança. Tenso, confuso, perdera o orgulho de justiceiro. Mal remunerado, mal preparado, mal equipado, queria apenas cumprir seu papel de integrante da malha protetora da sociedade. Parece que errou o tiro.

Fecha pano.

Anderson Fabiano

Imagem: Google

04/04/2010

Menelau III, o Formoso

Nesses tempos de amnésias coletivas, fiquei tentado a escrever sobre um personagem que pouca gente conhece: Menelau III, o Formoso, já que a história oficial só contempla as razões e os vencedores, em detrimento, muitas vezes, da própria verdade. Assim, resgatei a biografia de um grande general etíope que foi banido dos livros escolares, apenas por ter sido corno.

Menelau não foi traído por uma mulher, mas por todas. Dessa forma, apesar de haver sido brilhante como farmacêutico, estrategista militar, paisagista e inventor, o pobre coitado viu-se alijado da História e jogado, injustamente, ao ostracismo.

Como farmacêutico, contribuiu para a Humanidade com dois grandes achados: um elixir para tratamento dos problemas renais ao qual deu o nome de Hepatovis (em homenagem ao amigo Hepattus, prematuramente falecido. Esta droga recebeu, mais tarde, a contribuição de Madame Curie e chegou aos nossos dias como o nome comercial de Hepatovis B12); e um poderoso detergente, desenvolvido para manter a alvura dos mármores dos templos gregos que, por conta de sua experiência de dois anos vividos entre os índios Zambézi, recebeu o nome de Coca-Cola que, naquela língua, significa “água suja que branqueia”.

Como estrategista, seria suficiente dizer que este sanguinário general, nascido na Baixa Mesopotâmia foi, após comandar a famosa marcha de Aníbal pelos Alpes, consultor militar do Almirante Nelson na não menos famosa Batalha de Waterloo, quando os exércitos de Napoleão foram derrotados, o que permitiu aos múrcios a conquista definitiva da cidade de Praga na sangrenta página histórica da Queda da Bastilha.

Mas Menelau III, homem múltiplo, também foi o responsável pela criação de verdadeiras maravilhas da Natureza (movido pela sua profunda paixão pelas plantas) sendo de sua autoria os Jardins Suspensos da Babilônia, os premiadíssimos jardins do Palácio de Versailles e o Aterro do Flamengo, no Rio. Como inventor criou, juntamente com um carpinteiro otomano de nome Sikorski, o helicóptero, mais tarde aperfeiçoado por Leonardo da Vinci.

A despeito de todas essas contribuições, Menelau III, o Formoso, ficou conhecido mesmo por ser corno. Aventureiro, correu mundo e era freqüentador assíduo de palácios e bordéis. Tido como grande amante, era disputado por mulheres do povo e da corte e, sempre que possível, entre uma guerra e outra (ou entre uma invenção e outra), contemplava uma companheira com seus dotes de alcova.

Foi assim que seu nome, correndo pelos noticiários da época, chegou aos ouvidos de Cleópatra, rainha ninfomaníaca que sugou tudo que pode de Menelau, até conhecer o imperador romano Richard Burton, com quem se amasiou, abandonando o então apaixonado general.

A maioria dos historiadores atribui a Menelau III o suicídio de Cleópatra, como fruto de uma última noitada de orgias, quando a rainha-deusa da Metro-Goldwin-Mayer, após um pacto de amor eterno, totalmente bêbada, enfiou a mão na famosa cestinha com a serpente.

O New York Times, em sua coluna social, foi impiedoso com Menelau e expôs todo o seu sofrimento de amante abandonado mundo a fora.

Lucrecia Bórgia, assídua frequentadora dos embalos europeus, apiedou-se de Menelau e, através de emissários, localizou o general, em franca decadência, vivendo entre os bares da Bósnia. Levou-o para o seu palácio, tratou-lhe as feridas do corpo e da alma e, tão logo ele convalesceu, transformou-o em seu amante secreto. Ninguém daquele tempo sabia, mas era com Menelau que La Bórgia, como era conhecida, passava suas noites de orgia sado-masoquista, curtindo suas fantasias dominadoras. Menelau, abandonado por esse segundo grande amor, mergulhou em suicida depressão que o levou a experimentar, pela primeira vez, a prostituição homossexual, de onde só foi tirado pela sua terceira e derradeira paixão, Mata-Hari.

Em sua mente conturbada, Menelau III, o Formoso, viveu seus últimos dias tentando desesperadamente por fim à sua miserável vida e, segundo historiadores, só aceitou a convivência com a famosa espiã por acreditar que assim poderia abreviar seus dias de infortúnio. Ironicamente, na noite em que Mata-Hari foi presa e depois, executada, Menelau estava com um garoto de programa num motel da Córsega, de onde só voltou dois dias depois.

A prostituição, o alcoolismo e a falsa moral vigente na época, privaram este grande homem de passar à História pelos seus inumeráveis feitos.

Vivendo como mendigo, doente e abandonado, Menelau III morreu de complicações na próstata, num albergue mantido pelo Estado, no subúrbio de Quintino Bocaiúva, no Rio de Janeiro.


Anderson Fabiano

Imagem: Google